Chamo-Te porque tudo ainda está no princípio
E suportar é o tempo mais comprido.
Peço-Te que venhas e me dês a liberdade,
Que um só de Teus olhares me purifique e acabe.
Há muitas coisas que não quero ver.
Peço-Te que sejas o presente.
Peço-Te que inundes tudo.
E que o Teu reino antes do tempo venha
E se derrame sobre a terra
Em primavera feroz precipitado.
Talvez a maior poetisa portuguesa da segunda metade do século passada.
ResponderExcluirMuito bonito:)
Amei conhecer os versos dessa poetisa! Tão intensos, tão verdadeiros, que tocam muito a alma...
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