Meu ser evaporei na lida insana
Do tropel de paixões, que me arrastava:
Ah, cego eu cria, ah mísero eu sonhava
Em mim quase imortal a essência humana:
De que inúmeros sóis a mente ufana
A existência falaz não me doirava!
Mas eis sucumbe a Natureza escrava
Ao mal, que a vida em sua origem dana.
Prazeres, sócios meus, e meus tiranos,
Esta alma, que sedenta em si não coube,
No abismo vos sumiu dos desenganos.
Deus... oh Deus! Quando a morte a luz me roube,
Ganhe um momento o que perderam anos,
Saiba morrer o que viver não soube.
Bom dia!
ResponderExcluirAdmitir o fim inevitável ou a "indesejada das gentes" como dizia o Bandeira, é o aprendizado mais árduo.
Abç