Arte ingrata! E conquanto, em desalento,
A órbita elipsoidal dos olhos lhe arda,
Busca exteriorizar o pensamento
Que em suas fronetais células guarda!
Tarda-lhe a Idéia! A inspiração lhe tarda!
E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento,
Como o soldado que rasgou a farda
No desespero do último momento!
Tenta chorar e os olhos sente enxutos!...
É como o paralítico que, à míngua
Da própria voz, e na que ardente o lavra
Febre de em vão falar, com os dedos brutos
Para falar, puxa e repuxa a língua,
E não lhe vem à boca uma palavra!
Descrição perfeita de um sentimento. E nem precisa ser artista para sentir... consome até os amadores hehehe.
ResponderExcluirPassei para deixar um beijo, um abraço e agradecer o carinho, você é importante!
ótima semana... fique com Deus.
Beijos!
E falar de "artista" é algo recorrente entre os poetas, sempre tão inspirados (ou sofrendo com a falta dela, a inspiração). Volte sempre, mocinha! Uma ótima semana também!!!
ResponderExcluirParece mesmo fado!!! Um destino implícito:)
ResponderExcluirLindo o poema:)
Mas que bonito... diferente!
ResponderExcluirMuito bom gosto na seleção dos escritos :) Dá gosto vir aqui
ResponderExcluirO gênio de Augusto sempre provoca os sentimentos mais variados.
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