Porto Alegre sábados à tarde
enche-se toda de rumor de asas,
pombos que da Prefeitura Velha
revoam nos ares em debandada.
Nesta tarde de outono inaugural,
há meninos a brincar nas praças,
velhos funcionários em conversa
deixam-se ficar frente à Alfândega.
Namorados andam de mãos dadas,
olham os cartazes do cinema,
move um filme mudo nos seus olhos.
E no Guaíba, aos poucos, se ilumina
uma multidão sem fim de estrelas:
a noite bela e fria do Rio Grande.
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