quarta-feira, 30 de março de 2011

Aforismo (José Craveirinha - 1922-2003)

Havia uma formiga
compartilhando comigo o isolamento
e comendo juntos.

Estávamos iguais
com duas diferenças:

Não era interrogada
e por descuido podiam pisá-la.

Mas aos dois intencionalmente
podiam pôr-nos de rastros
mas não podiam
ajoelhar-nos.

4 comentários:

  1. Rsrsrs.
    Tão lindinho esse post.
    Perfeito

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  2. É a poesia descolonizadora da África... Muito bom! Sugiro, também dele, "Grito Negro".

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  3. É a descolonizadora Poesia africana. Sugiro, também dele, "Grito Negro".

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