domingo, 20 de março de 2011

Cogito (Torquato Neto - 1944-1972)

eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível

eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora

eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim

eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.

2 comentários:

  1. maíra como você tem acesso a tantas poesias? deve estar sempre em busca de novas e novas, incrível.
    acho que você deveria começar a escrever as suas e apresentá-las para o mundo hehe
    bjs

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  2. Andressa, estou sempre em busca de novas (ou antigas, né?) poesias. Sempre! Leio todo dia, por isso veio a ideia do blog. Mas eu ainda não arrisco as minhas. Não sei fazer poema, não!

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