Mentem os que disseram que perdi a lua,
os que profetizaram meu futuro de areia,
asseveraram tantas coisas com línguas frias:
quiseram proibir a flor do universo.
"Nunca mais cantará o âmbar rebelde
da sereia, tem apenas o povo."
E mastigavam seus contínuos papéis
patrocinando o olvido para a minha guitarra.
Atirei-lhes aos olhos as lanças deslumbrantes
do nosso amor cravando teu coração ao meu,
reclamei o jasmim que as tuas pegadas deixavam,
perdi-me de noite, sem luz, sob as tuas pálpebras
e, quando a claridade me envolveu,
nasci de novo, dono das minhas próprias trevas.
Muito linda esta poesia...
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