É sempre assim tua carícia:
dedos de abertas superfícies;
corpo de pele que respira;
a palavra suor: a vida.
Carícia de metal-pelúcia,
duas placas plangentes que
patinam sobre as asperezas
quando as asperezas se deitam.
Carícia que arranha a loucura
Com as unhas; com saudade; arde.
Só nasci para morrer nisso;
palavra alguma chega perto.
Feita de carne e de silêncio,
de ritmo lento e de segredo,
sinto em ferro em brasa o braço a
perna o cabelo desfazendo
O que a carícia vai fazendo.
Escolhi este e não o do Neruda...
ResponderExcluirEste não conhecia...E deste gosto:)
Eu respeito o seu "não gosto" por Neruda, mesmo eu gostando muito dos poemas de amor que ele fez... Esse é do Brasil, também diplomata em Londres e crítico literário.
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