Como vai longe o dia, Maninho,
em que a gente podia ser comum
Entre ervas burras, folhas molhadas de mamona
e salsa
a gente podia ser
simplesmente
nossas mãos nossos pés nossos cabelos
e o que queimava dentro
no escuro
Como vai longe o tempo como as águas
batendo na amurada
alegremente
como os peixes
vivendo no seu músculo
o mistério do mundo
perfeito esse poema, tbm postei uma vez no blog. e que o ode à poesia seja sempre profundo e vivo.
ResponderExcluira+
Foi por causa desse poema que cheguei ao seu blog. Ferreira Gullar foi muito feliz ao escrever essas linhas. E seja bem vinda aqui!
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