Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
Da Messalina, e de Sardanapalo?!
Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
- Alavanca desviada do seu fulcro -
E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
Soneto perfeito, como aliás, quase todos do poeta maior.
ResponderExcluirO seu mestre eh demais. Nem digo "foi" porque ele ainda faz escola e deixou imenso legado...
ResponderExcluir