quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O seu nome (João de Deus - 1830-1896)

Ela não sabe a luz suave e pura
que derrama numa alma acostumada
a não ver nunca a luz da madrugada
vir raiando, senão com amargura!

Não sabe a avidez com que a procura
ver esta vista, de chorar cansada,
a ela... única nuvem prateada,
única estrela desta noite escura!

E mil anos que leve a Providência
a dar-me este degredo por cumprido,
por acabada já tão longa ausência,

ainda nesse instante apetecido
será meu pensamento essa existência...
E o seu nome, o meu último gemido.

3 comentários:

  1. Maíra, você é ótima. Obrigada pelo carinho da visita em tempos tão dificeis. me faz muito feliz.
    desculpe a ausência de comentários por aqui, essas poesias sempre trazem uma paz! Beijos, bom resto de semana! com carinho.

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  2. Essa poesia é o retrato do amor, insubstituível Será feliz aquele que tem um amor assim?
    hehe
    Beijos.

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  3. Oi, Andressa! Agora pude compreender sua ausência por aqui, mas volte sempre, porque a poesia faz bem à alma e nos dá alento em momentos complicados... Beijos!!!

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