para ler dentro das linhas
e escutar as vozes grávidas,
existir uma vez não basta.
a abertura para a graça
costuma levar mais tempo.
a iluminação tem história
e o trabalho dos dias.
para acolher o sagrado
na carne e nas palavras,
respirar o amor do amor
desde as pequenas coisas,
precisamos de mais vidas.
entre os corpos e as vozes,
nascer, morrer, renascer:
cada vez com a pele nua
e a sede do infinito.
aos poucos, reaprendemos
o que a matéria sonha.
a irmandade das coisas,
a luz que ama sem medida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário