Nunca foi fácil
encontrar o travesseiro
adequado a meus sonhos
à sua medida exata
na cabeça noite
se cruzam fadigas
se afundam as rugas
da pobre vigília
na cabeça noite
fogem apavorados
as árvores e os muros
os corpos de alumínio
eu não escolho meus sonhos
é o travesseiro / é ele
que os incorpora
em desordem de feira
muito menos escolho
os pesadelos loucos
esses livros de vento
sem letras e sem folhas
mas depois de tantos
travesseiros sem conto
sem história e sem asas
como sempre prefiro
o do teu ventre cálido
perto perto pertinho
do refúgio imantado
dos teus peitos da vida.
Eu gostei muito da poesia, tens um dom!! :)
ResponderExcluirObrigada pela visita, Lara! Seja muito bem vinda aqui. De vez em quando passeio pelo teu blog (rsrs).
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