Que estranho rir no lábio nacarado!
Que pérolas de luz no olhar lascivo!
Ressoa um beijo no teu colo altivo
por ti vendido bem e bem comprado!
E idealizei-te um ser imaculado!
O pedaço do céu, azul, estivo,
onde eu outrora quis estar cativo,
neste sonho de vida, atribulado!
Mas por que foi que assim no devaneio
banhei a fantasia adormecida,
se eu sei que vendes, a quem compra, um seio?
Talvez... lembrei-me, que uma vez na vida,
quando hauriste da afronta o cálix cheio,
tu choraste uma lágrima sentida!
* Quarto soneto do quarteto intitulado Laura.
Senti o poema. E de que maneira:)
ResponderExcluirEsse eu também senti...
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