domingo, 4 de dezembro de 2011

Tua boca (Maria Braga Horta - 1913 - 1980)

Tua boca é para mim carmínea taça
em cujas bordas sorvo, trago a trago,
o divino hidromel com que embriago
o meu sonho de amor feito em fumaça!

Tua boca é um rubro cálice sem jaça
em que meus lábios, trêmulos, afago
na incontida volúpia em que divago:
- Vivamos nosso amor... que a vida passa!

Tua boca é a minha síntese vital,
em que fica suspenso o meu ideal,
em que eu prendo minha alma semilouca!

Tua boca é um sol ardente, em chama e em brasas:
sol do equador, que queima minhas asas,
as asas de rubis da minha boca!

3 comentários:

  1. Que sede de boca, como água!
    A necessidade de estar perto de quem se gosta.
    Gostei muito da poesia. E compartilho desse sentimento!
    Bom domingo...

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  2. A boca é o começo de tudo...E a melhor das aferições:)

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  3. Obrigada pela visita, meninas! Bom restinho de domingo pra vocês!!!

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