domingo, 8 de janeiro de 2012

Papel (Carlos Drummond de Andrade - 1902 - 1987)


E tudo que eu pensei
e tudo que eu falei
e tudo que me contaram
era papel.

E tudo que descobri
amei
detestei:
papel.

Papel quanto havia em mim
e nos outros, papel
de jornal
de parede
de embrulho
papel de papel
papelão.

4 comentários:

  1. Parei não, dei um tempo: estou de férias rsrsrs. Ah, adorei o seu blog... Voltarei mais vezes!

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  2. Volte sempre, Weslley!!! Seja bem vindo aqui!

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  3. Eu recitei essa poesia em 1976, e terminei dizendo pro pessoal
    da classe, pensar em casa.................
    É maravilhosa!

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  4. Falta em Drumond a linguagem supervalorizada, assim como fez Rui Barbosa nas maiss rebuscadas tiragens prevendo um futuro melhor atraves do mais requintado conhecimento humano!!!

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