quinta-feira, 8 de março de 2012

Desexistir (Frederico Barbosa - 1961)

quando eu desisti
de me matar
já era tarde.

desexistir
já era um hábito.

já disparara
a auto-bala:
cobra cega se comendo
como quem cava
a própria vala.

já me queimara.

pontes, estradas,
memórias, cartas,
toda saída dinamitada.

quando eu desisti
não tinha volta.

passara do ponto,
já não era mais a hora exata.

2 comentários:

  1. EBAAAAAAAaaaaa
    quando vier a Curitiba não deixe de me avisar! Tomaremos café em algum lugar bem legal! :)
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. hahaha, vou cobrar, viu? Bjim e uma boa semana!

    ResponderExcluir