Tento acertar meu relógio 
pelo seu, parado, há tanto 
com o suor do pulso, seco 
a pulseira de couro partida
que ainda guarda algum sal. 
Pai, a certeza de sua hora 
me falta, e mesmo tendo
andado, não consegui chegar 
a tempo, de pegar seu passo 
emparelhar-me — servir
de companhia para sempre —
e passar à descendência
os firmes compromissos 
pois me perdi pelo caminho.
 
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