quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Enquanto descansa, dorme... (Eucanaã Ferraz - 1961)

Enquanto descansa, dorme,
a mulher que amo, que me ama,
sigo neste exercício da ternura exata
e comum:

cuidar, de quando em quando,
que as treliças da janela
amenizem a manhã em sua rudeza de adaga,
ainda que doméstica lâmina,

e, assim, em volta da mulher que amo,
que me ama, vá o dia
como deve ser: o sol
necessário, um debrum.

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