O amor não me ensinou a ser maduro:
Também não me deixou mais inocente;
Não me nomeou escravo ou independente;
Antes, trancou-me livre no seu muro;
O amor não me tornou um ser mais puro;
Mas me sujou de vida, e fui em frente;
Mostrou ser soberano quem o sente;
E assim me deixou, trôpego e seguro;
O amor desenrolou-se de um novelo,
Em linhas que desafio e, sendo tinta,
Costuro em borda e tento compreendê-lo;
E só resta dizer: coisa indistinta,
Pensar o amor é como ver a lua,
Que mesmo quando acaba continua...
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