quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Soneto da perda (Ruy Espinheira Filho - 1942)

Perdeu aquele dia
e, com ele, a hora.
Tão perdido estava
que não fez o gesto

com que acenderia
o lume da aurora
que o guiaria
pelo mundo afora

desde aquele dia,
desde aquela hora,
ao longo da estrada

pela qual viria
para estar vivendo
outra vida agora.

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