Entre fraga e desabrigo
eu sou pobre, pobre, pobre,
onde está o corpo amigo
que me cobre, cobre, cobre?
Nada de arraia-miúda,
no serial da avenida,
por que fui dar nessa boca
que me fere intimativa?
Por que justo nesse beijo
sigla de ouro e veneno
que enigma meu desejo
com lacre azul metileno?
Entre desabrigo e fraga
nasce e morre o quem dá série
que se oculta sob chaga
que difere, fere, fere.
Nenhum comentário:
Postar um comentário