sou da terra
dos tambores que falam.
E guardo no corpo a memória
que acorda o silêncio.
eu vi a lua descer
para assistir minha mãe
dançar:
a camponesa que amava
latim.
eu vi a mão preta açoitar
o tambor; eu ouvi
roncar a madeira sagrada:
o rito da voz ancestral
antes do cogito e da parabólica.
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