quarta-feira, 18 de junho de 2014

A velha (Adriano Espínola - 1952)

Esculpida em silêncio,
sentada
e sábia,
fita o horizonte da mágoa.
Ao lado,
o mar murmura
as sílabas do ocaso.

Ó beleza antiga e súbita:
sobre seu ombro
o instante
se debruça, iluminado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário