Palíndromo perfeito é o "oroboro",
a cobra que devora o próprio rabo.
Com esse talismã começo e acabo
um tema que dos bruxos é namoro.
Porém, como sou falto de decoro
e de ser pornográfico me gabo,
engulo meu caralho, até me enrabo
e rindo dessa dor gozo meu choro.
Assim sempre vivi, juntando extremos,
tirando da agonia meu proveito,
casando maus anjinhos com bons demos.
Erótico e autofágico é o conceito,
portanto, do "oroboro": eis como vemos
a cobra do palíndromo perfeito.
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