quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

moenda (Piero Eyben)


deitas a pele, o braço e
à marca – leve pluma
de tinta – o rosto reveste
o calor de dias.

cantas-te a flama ainda
pérola, estampido –
hora extinta, promessa –
calando a foz.

móis o sem tido da
palavra – encalacrada –
forrada de fora e
colina.

assim, rubra, tua língua –
um outono de distância,
flor, deixada – sopra o
infindo penhor.

às lentes, rútila sílaba
feita, brisa e alvoroço, de
onde vejo e me
vês, revolto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário