- I -
Estrelas de azul vertigem
Nada me dizem falam de si
Maior abismo cava-se aqui
- II -
Amor amor
Viestes vazio
Nada me luz
Nada me cio
Já não me entregas teu rio
Ontem selvagem
hoje sombrio
O que me trazes
Jornal da tarde
Secas folhagens
- horas de estio.
- III -
Das rochas escuto rimas
Deixo que passem pássaros
As palavras as vertigens
Não me aproprio ainda
Do seu imprevisto canto
Escalo a página em branco.
- IV -
O que será a noite noite cheia
Céu que incendeia e nada clara
Nada me fala se não senões
Astros borrões rostos distantes
Quasar pulsante - de nada sei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário