Já, Marfiza cruel, me não maltrata
Saber que usas comigo de cautelas,
Qu'inda te espero ver, por causa delas,
Arrependida de ter sido ingrata.
Com o tempo, que tudo desbarata,
Teus olhos deixarão de ser estrêlas;
Verás murchar no rosto as faces belas,
E as tranças d'oiro converter-se em prata.
Pois se sabes que a tua formosura
Por fôrça há de sofrer da idade os danos.
Por que me negas hoje esta ventura?
Guarda para seu tempo os desenganos,
Gozemo-nos agora, enquanto dura,
Já que dura tão pouco, a flor dos anos.
Tivesse eu tempo para ler tudo...
ResponderExcluirmais um que desconhecia:)
Muitos desses poetas e poetisas também estou conhecendo agora, na medida em que leio para postá-los no blog. Falta-me mais tempo, é verdade, mas a experiência está sendo maravilhosa...
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