quinta-feira, 21 de julho de 2011

Funeral do desgoverno provisório (Silvério de Paraopeba - 1763-1843)

Expirou, deu à costa, enfim morreu
o governo que fora improvisado;
se mal nascido foi, foi malfadado,
que a contento de todos faleceu!

Nenhuma mão piedosa o socorreu,
contumaz acabou no seu pecado,
sem pompa ou funeral é sepultado,
agouro que lhe fiz quando nasceu.

Bem que se foi de tão pequena idade,
causou nesta província tanto dano
que só deixa lembrança e não saudade.

Tirai, rebeldes, dele o desengano,
conhecei, que este monstro da maldade,
acabou de existir antes de um ano.

2 comentários:

  1. Maíra,


    Obrigada pela visita e comentário gentil.
    Adorei as poesias postadas.


    Bjo e uma Noite de Paz.

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  2. Que bom que gostou daqui, Malu! Todo dia posto um poema diferente. Não faltam boas opções! E volte sempre, viu?

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