Quando fito o teu olhar,
duma tristeza fatal,
dum tão íntimo sonhar,
penso logo no luar
bendito de Portugal!
O mesmo tom de tristeza
o mesmo vago sonhar,
que me traz a alma presa
às festas da natureza
e à doce luz desse olhar!
Se algum dia, por meu mal,
a doce luz me faltar
desse teu olhar ideal,
não se esqueça Portugal
de dizer ao seu luar
que à noite, me vá depor
na campa em que eu dormitar,
essa tristeza, essa dor,
essa amargura, esse amor,
que eu lia no teu olhar!
Parabéns Maira pelo seu blog, um verdadeiro recanto dedicado a poetas de primeiríssima qualidade.
ResponderExcluirMuito obrigada, Bartolomeu! Seja bem vindo sempre! Todo dia posto um poema diferente no blog e gosto de diversificar. Tem de tudo um pouco aqui...
ResponderExcluirA beleza na simplicidade não é?
ResponderExcluirIncrível. E lindo!