sábado, 24 de dezembro de 2011

Soneto de natal (Machado de Assis)

Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,

Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.

Escolheu o soneto . . . A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"

3 comentários:

  1. Lindos e doces versos, como o Natal...

    ResponderExcluir
  2. FELIZ NATAL MINHA QUERIDA!
    Obrigada por esse ano de carinho e incentivo.
    Desejo que 2012 seja um ano muito inspirado, e que possamos realizar a beleza que as poesias contém.
    Muitos beijos.

    ResponderExcluir
  3. Andressa querida, um Feliz Natal para você e sua família. Obrigada pelos incentivos constantes também... E que a poesia seja para nós uma presença marcante no ano de 2012. Beijos!

    ResponderExcluir