domingo, 12 de fevereiro de 2012

Poema para o filho que se casa (Yone Giannetti Fonseca - 1929)

Que este sonho inaugurado
Em tua carne, em teus atos,
Não se dissolva, abstrato,
Ao contato dos cactos.

Que este intervalo de orvalho
Em teu sorriso espelhado,
Mesmo exaurido, restaure
Futuras noites de barro.

E nas urgêncvias vividas
Em teu sonhar acordado,
Um pouco, muito persista
Desta brasa, desta brisa.

Que do sonho consumado
Nos embaraços dos laços,
Reste um desfrute de vida
Como fruto da saudade.

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