quinta-feira, 21 de junho de 2012
A montanha (Olavo Bilac - 1865 - 1918)
Calma, entre os ventos, em lufadas cheias
De um vago sussurrar de ladainha,
Sacerdotisa em prece, o vulto alteias
Do vale, quando a noite se avizinha:
Rezas sobre os desertos e as areias,
Sobre as florestas e a amplidão marinha;
E, ajoelhadas, rodeiam-te as aldeias,
Mudas servas aos pés de uma rainha.
Ardes, num holocausto de ternura...
E abres, piedosa, a solidão bravia
Para as águias e as nuvens, a acolhê-las;
E invades, como um sonho, a imensa altura,
- Última a receber o adeus do dia,
Primeira a ter a benção das estrelas!
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