domingo, 24 de junho de 2012

Voz de ninguém (Mariana Ianelli - 1979)

Tão somente um gesto
E não o fiz,
Que muitos houvessem tentado,
Apenas eu resisti.

Homens que marcham, que se deixam levar,
Porque vivem.
Estranho guerreiro, eu não marcho.
Corpo morto, já não me carrego.

À frente de cem milhas agrestes,
Como se contra o nada, respondi:
- Estou aqui e perduro.
Isto que hoje fala em mim, em mim se cala.

Nenhum comentário:

Postar um comentário