segunda-feira, 25 de junho de 2012

Falando (segundo ato) (Salgado Maranhão - 1953)

A cor dessas horas ínvias
é a mesma cor delírio
dos meus pântanos secretos.

estou para o que vejo
assim como
a faca está pro queijo.

coração de poeta é como espada.

quando estou triste
sou dinamite nos trilhos.
quando me alegro
sou lamparina de festa.

estou para o desejo
assim como
a boca está pro beijo.

coração de poeta é como éter...

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