Quem segura o telhado
desses mortos
fabricados entre a ceia
e a hora do esterco?
Esses que ardem
onde medra
o sangue?
Acossadas
aos subúrbios da carne,
estão suas obras completas,
perfiladas no nada
e no medo que ceifou
nossas unhas.
No rastro dessa névoa-
nave (ainda) exorta
uma cigarra louca.
Estarão prontos os vivos
de amanhã,
para guardar nossa relíquia
de mortos?
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