terça-feira, 14 de maio de 2013

No corpo (Ferreira Gullar - 1930)

De que vale tentar reconstruir com palavras
o que o verão levou
entre nuvens e risos
junto com o jornal velho pelos ares?
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo na noite
agora são apenas esta
contração (este clarão)
de maxilar dentro do rosto.

A poesia é o presente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário