Severa e pura
pedra escultura
o tempo dura
em tuas curvas
Sulco após sulco
ângulo cunha
toda te aguças
seca nervura
Te acuam musgo
farpa de chuva
branco de bruma
penumbra inútil
Mas nada suja
nem subjuga
na pedra abrupta
tu mesma nua
E que tumulto
em tua postura
tão tumba nunca
mas dentro júbilo
Mais dentro tu
tua gula surda
do que é transcurso
e se transmuda
Assim perduras
infanta fúnebre
pois é defunta
que vens a lume
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