terça-feira, 16 de julho de 2013

ode à ode (José Carlos Peliano - 1948)

ode, ode, onde você ode se esconde
no cume do monte ou à beira mar?
esquece, não importa como e onde
onde, como e portanto eu vou lhe achar

ode ao luar, à noite, ao menestrel
ode a Fernando Mendes Vianna ou
Waldimir Diniz, amigos no céu
onde a poesia um dia ficou

ode a mim que quero e mereço a ode
pelo que fiz, não fiz e vou fazer
ode àquele que pode e ao que não pode
simplesmente ode ao fato de viver

ode à mulher bonita e à mulher feia
e a quem a elas quis classificar
ode ao fogo que de pronto incendeia
ode às chamas levadas pelo ar

uma ode também por fim a você
razão de ser de a ode perdurar
existe a ode só para quem lê
ao sair do papel até o olhar

ah! ia eu aqui já me esquecendo
de você menestrel, cuja canção
leva a ode aos ouvidos num adendo
à vida em ode em todo coração

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