quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O vértice da luz (Thiago de Mello - 1926)

Sem teu passo pela casa,
sem teu corpo no meu corpo,
sinto falta de mim mesmo:
virás cantando.

É perfumada a verdade
das tuas coxas: no vértice
está a luz do meu caminho,
profundo canto.

Como te vou receber?
Tu amanheces sabendo
que o teu riso abre o meu sol
de cada dia.

Vem, abre os braços, e canta
a canção que a solitária
madrugada me ensinou:
meu peito, teu lugar.

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