sábado, 1 de março de 2014

Arde a flâmula (Thiago de Mello - 1926)

Entrei no tempo (as Escrituras dizem)
no qual somente enfados e canseiras
marcam a vida desde o amanhecer.

A Palavra me perdoe.
Chega aos setenta e ao poder
de infância que faz viver,

no milagre do meu dia,
a alegria de servir
a quem de amor carecia.

Levo, flâmula, a confiança
de que amor há de erguer
no chão do mundo: a utopia.

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