Excertos
Vou-me embora pra Brasília,
sol nascido em chão agreste.
Como quem vai para uma ilha.
A esperança mora a oeste.
Vou-me embora pra Brasília,
por determinação celeste.
Pouco me importa a distância,
lá encontrarei minha infância.
(Não foi lá que meu avô,
pra encantar crianças grandes,
num misto de magia e mágoa,
um dia pôs fogo na água?)
Vou-me embora pra Brasília.
Porque neste azul marítimo
a paisagem me faz mal.
Por excesso de azul e sal.
Vou-me embora pra Brasília
que já nos meus olhos brilha,
porque é a única cidade
onde não haverá saudade.
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