segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ar de familia (Armando Freitas Filho)

Só sei ser íntimo ou não sei ser.
O que escrevo me ameaça de tão perto.
Amassa mãe, pai, filhos, mulheres
os de sangue símil, os de romance
os de tinta de impressão, de árvore
venosa de folhas variáveis no vento
das estações, no ferido almofariz
com o mesmo pilão de pedra
sem lavar, e entre uma socada e outra
o silêncio do punho fechado.

Um comentário:

  1. Boa noite Maíra
    Um poema muito bonito com uma forte mensagem
    Beijos

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