terça-feira, 10 de março de 2015

A carta (Denise Emmer - 1958)

Zarparam meus navios mar adentro
Levando minha carta sem palavras
Quando o dizer tudo é dizer nada
Poemas de horizontes reticências

Se posso discorrer a transparência
Já não me afogo em frases para tanto
E o que posto é uma folha em branco
Para dizer-te árvores sem flores

Não traço dores tampouco alegrias
Antes sorria agora sou um livro
Que abriga extensas pausas sem ruído
Quando o dizer mais é dizer findo

Um comentário:

  1. Volte! pela poesia, pela música, por todos aqueles que te amam. Sou amazônida, nascida pelos reflexos das tuas poéticas letras e mansa voz.Amo voc~e!

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