Que força pôde, adstrita a embriões informes,
tua garganta estúpida arrancar
do segredo da célula ovular
para latir nas solidões enormes?!
Esta obnóxia inconsciência, em que tu dormes,
suficientíssima é para provar
a incógnita alma, avoenga e elementar
dos teus antepassados vermiformes.
Cão! Alma de inferior rapsodo errante!
Resigna-a, ampara-a, arrima-a, afaga-a, acode-a
a escala dos latidos ancestrais...
E irás assim, pelos séculos, adiante,
latindo a esquisitíssima prosódia
da angústia hereditária dos teus pais!
Apesar de uma busca demasiada elaborada das palavras...gostei.
ResponderExcluirEle usa muitos termos científicos. É uma das suas principais características.
ExcluirE todos os poemas dele são assim: palavras difíceis, desconhecidas e que fogem ao comum... No entanto, ele é extremamente popular entre nós!
ResponderExcluirTransmitiu para mim a ânsia e a angústia de ser, sem saber exatamente para quê, onde, como, por qual motivo... essa existência que como um latido ecoa.
ResponderExcluirCertas coisas são mesmo ancestrais... Queria ter colocado aqui uma foto que representasse toda a força desse poema, mas não consegui achar.
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