terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Espelho (Francisco Alvim - 1938)

Meu deus como é triste
Olhar a noite nos olhos
O som da treva ecoa
no brejo mais fundo

Lembrar a montanha
a tarde cheia de sinos
a menina - névoa no azul
o menino

Uma luz
que afastasse esse breu
para além da estrela remota

Olho e vejo um furo
no escuro - um lago?
Aviões partem
Para que deserto?

Nenhum comentário:

Postar um comentário