segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

felicidade (Geraldo Carneiro - 1952)

meu escasso repertório de metáforas
não dá conta da vida, que é uma flor.
não me canso de voar na ave-vida,
nas aventuras que penso e planejo
até que a morte me convença
e me vença:
só assim haverá de me arrancar
dessa cidade-esplendor que se lança
sobre o mar:
é aqui que sonho todos os amares
a vida-mar em que navegarei
por avesso a viagens noutro céu
que não essa ave-rara: a Guanabara.

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