Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila,
- Perdida voz que de entre as mais se exila,
- Festões de som dissimulando a hora.
Na orgia, ao longe, que em clarões cintila
E os lábios, branca, de carmim desflora...
Só, incessante, um som de flauta chora,
Viúva, grácil, na escuridão tranquila.
E a orquestra? E os beijos? Tudo a noite, fora
Cauta, detém. Só modulada trila
A flauta flébil... Quem há de remi-la?
Quem sabe a dor que em razão deplora?
Só, incessante, um som de flauta chora...
Oi Maíra,
ResponderExcluirAchei tão perfeita a sintonia da imagem com o poema. Bonito.
Abç
Obrigada, Will! Seja sempre bem vindo aqui.
ResponderExcluirMúsica triste esta. E bela. Muito.
ResponderExcluir