Vejo-o talvez em sonho, quando nada
Parece mal: o mesmo pátio, as sombras,
O chafariz envelhecido, a pátina
Que a algum lugar de mármore responde.
O muro, o musgo, a vinha, o abandono
Da pedra e a quase fria madrugada
Passada em névoa ao cinzento do outono,
O sono que flutua em tudo, em nada.
Tudo está morto e vivo pela imagem,
Recanto, quadro, música, memória
Que visito dormindo e sem matéria.
Outros o viram, também. De passagem
Deixaram algo oculto a sua história,
Marca secreta, assinatura etérea.
Pátio é uma boa metáfora para segredo. Gostei muito. Mais um...
ResponderExcluirParece ser essa a imagem que o poeta quis passar: o pátio como um lugar só dele, um recôndito da alma...
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