Pois se entre todos vou desconhecido,
No além de minha condição negado,
Eis que por duas vezes vou servido
De recusa e cegueira, e acostumado.
Melhor: a quem recusa, recusado
Faço que fique no seu mal vencido,
E a quem não vê, pobre desentendido,
Engano, enquanto vim assinalado.
Tudo o que dizem, tenho conhecido,
Sei quando calam tudo que hão calado.
Vá lá que ceguem, já que entorpecido
Têm seu sentido, em si tão limitado:
Mas que neguem quem seja, tem nutrido
Minha vingança e meu poder chamado.
Maíramiga
ResponderExcluirBoa ideia esta de fazeres um blogue para nele postares poesias e seus poetas. Revejo-me nela, porque é muito válida e muito trabalhada. Bem hajas.
Naturalmente que me encanta encontrar aqui tantas e tantos cultores insignes de uma escrita excelente. E entre eles, naturalmente, sublinho a escolha dos Portugueses. Ou melhor de quase todos os lusófonos. Muitos parabéns!
Encontrei-te através de … «o meu vizinho é pior que o teu» da nossa Amiga M.
Gosto muito dela, damo-nos excelentemente, e portanto vim até aqui. E gostei, sinceramente gostei.
Se não gostasse também o dizia. Sou um «pão, pão, queijo, queijo», ou seja um desbocado militante.
Peço-te, entretanto, (não são €€€€, que estão muito caros e raros) que visites a minha Travessa que também passará a ser tua. Obrigado
Qjs = queijinhos = beijinhos
Obrigada pela visita, Henrique! Que bom que gostou das poesias postadas! Todo dia tem novidades (ou outras nem tão novas assim...). Ainda estou descobrindo os poetas portugueses. Você também pode me ajudar... Visitarei os seus escritos também!
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